"Eu bem pensei que fosse mais fácil, acho que acabei me acostumando com críticas, falsidade, estupidez exagerada e olhares aprisionativos, aí quando vem um moço pronto pra me fazer feliz, eu temo, idiotisse não?!

O pior é que não acreditava mais nessa tal felicidade, o pior é que o moço nem me enchia os olhos, o pior é que tudo mudou... Ah moço... Como é bom quando estou do teu lado, teu abraço me faz tão bem, até mesmo teu silêncio é capaz de me saciar, e eu que já era confusa, me encontro agora numa turbulência imensurável de confusões, tenho tanto medo que isso tenha um fim, tenho medo de não te amar o suficiente, o necessário, o tanto que você merece, porque você merece muito, muito mais do que aquele olhar que te dei, muito mais do que aquele beijo recheado de sorriso, muito mais do que aquele carinho, aquela tarde, aquele instante...

Ô moço promete me entender ? Promete não sofrer ? Promete me perdoar ? Que eu prometo que vou te amar..."

( K. Z. ) 

Tudo mudou...

"Sabe aquela hora em que toda a montanha de autocrenças desaba ? Uma vida inteira construindo concepções próprias e apenas alguns segundos são capazes de extinguí-las. 

O pior de tudo é se sentir feliz diante desse recomeçar, desse reconstruir... 

É inevitável não sorrir, porque, não foi simplesmente algo que me fez reformular minhas ideias, foi todo um conjunto, de ações, declarações, olhares, momentos... Meu mundinho acabou... Meu mundinho egocentrico e perfeitinho foi trocado por um mundo de mãos dadas, o pessimismo não existe mais, antes eu era, agora nós somos... Meu plural... Nosso plural... 

Me sinto estranha diante de tanta conturbação, mas agora conheço um aconchego que nunca acreditei poder existir - e ainda tenho medo, declaro, mas sigo em frente - o que importa é que não estou só, nunca estive, agora muito menos..."

(K.Z.)